Gerdau investe R$185 milhões na modernização da usina em Divinópolis

Aporte histórico trará atualizações tecnológicas e de segurança e gerará quase 2 mil novos postos de trabalho durante as obras

Em 1º de maio, a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, deu início às obras do maior plano de investimento dos 27 anos da usina de Divinópolis, localizada na região centro-oeste de Minas Gerais. O aporte recorde de R$185 milhões faz parte do pacote de investimentos de R$ 6 bilhões que a Companhia anunciou no ano passado para Minas Gerais e será direcionado para a modernização e o aprimoramento de sistemas e processos que terão impactos significativos nas condições ambientais e na segurança operacional.

A empresa planeja, há 12 meses, a execução de projetos na aciaria, altos-fornos e laminação. Para as reformas, será necessária a paralisação da unidade. As obras devem durar 30 dias e contarão com 2 mil colaboradores diretos e indiretos, contratados exclusivamente para o processo de modernização da planta. O quadro atual de colaboradores será mantido. 

De acordo com Carlos Daroit, Diretor Industrial da Gerdau, o plano histórico de investimentos faz parte da estratégia global da empresa em se dedicar ao aperfeiçoamento dos processos vinculados à evolução do pilar de sustentabilidade. “Os investimentos na planta de Divinópolis confirmam a relevância da unidade para a companhia e a importância de Minas Gerais para os nossos negócios. Estamos focados na sustentabilidade da unidade no longo prazo, preparando-a para seguir atendendo à demanda futura por aço dos nossos clientes em todo o Brasil”, afirma.

Automação e produtividade

Foram desenhados 11 projetos para a área do Alto-Forno, totalizando um aporte de R$ 121 milhões, a maior fatia do plano. De acordo com Mauro Castro, Gerente Executivo da Gerdau, responsável pela operação da usina de Divinópolis, os três altos-fornos serão modernizados a partir de uma revitalização.

“O alto-forno 2 terá uma reforma completa de todo o sistema estrutural e refratário. Será realizado uma reforma parcial nos refratários do alto-forno 1 e alto-forno 3. O sistema de lavagem de gases do alto-forno 1 será substituído para melhoria da condição de segurança e performance da operação. Os altos-fornos 1 e 2 passam por obras de enclausuramento de correias transportadoras para melhoria do controle ambiental, diminuindo a interferência do vento e a emissão de particulados", explica. “Serão reformados, ainda, o sistema de injeção de carvão vegetal pulverizado (ICP) do alto-forno para reaproveitamento dos finos do biorredutor no processo. O sistema de refrigeração também passará por uma revitalização estrutural”, completa Castro.

A aciaria passará por seis intervenções. Uma das novidades será a instalação de um novo sistema de monitoramento por termografia (temperatura), que permite uma análise em tempo integral das panelas de gusa e de aço. As câmeras possibilitam um melhor planejamento da manutenção dos equipamentos, por exemplo.

Outro eixo do plano é a automação e aperfeiçoamento da performance da laminação. Serão implementados, ao todo, sete projetos. As melhorias têm meta de otimizar os recursos e insumos como água e energia e a garantir um processo mais limpo.

Sobre a usina da Gerdau em Divinópolis

A Gerdau está presente em Divinópolis, Minas Gerais, desde 1994 com uma usina integrada que reúne os processos de alto-forno, aciaria e laminação. A unidade gera na região mais de 920 empregos diretos e indiretos e tem como principal produto o vergalhão usado na construção civil. Desde sua fundação, em 1994, a usina já realizou diversos investimentos nas áreas de segurança, segurança operacional, administrativo e meio ambiente, chegando em 2021 a soma de R$ 1,6 bilhão. Dentro do eixo ambiental, que integra o DNA estratégico da Companhia em todo o mundo, a usina de Divinópolis se destaca pelos índices positivos de reaproveitamento de água (98%), pela utilização de sucata metálica e carvão vegetal provenientes de florestas plantadas da empresa, além de pontos de monitoramento ambiental dentro e fora da unidade e investimentos constantes em novos equipamentos e boas práticas.