Gerdau Graphene e IPT inauguram centro de pesquisa voltado a materiais avançados em grafeno
Centro tecnológico passa a operar com foco no desenvolvimento de aplicações do nanomaterial em processos industriais
Esta quarta-feira (23) marca o lançamento do Centro de Materiais Avançados em Grafeno e Novas Aplicações Tecnológicas do IPT (CIGraph), em parceria com a Gerdau Graphene, aprovado na chamada pública para Estruturação de Centros de Tecnologia e Inovação Aplicadas em Materiais Avançados (MCTI/FINEP/FNDCT 09/2020). Este edital tem por meta institucional “contribuir para uma política de estado que eleve o desenvolvimento tecnológico e a inovação no país, visando à comercialização de produtos e serviços de alto valor agregado em materiais avançados e minerais estratégicos, de modo a reduzir o déficit tecnológico e atingir a soberania nacional nesse tema”.
O CIGraph foi estruturado para garantir a geração e continuidade de conhecimento técnico-científico de ponta, que possa fornecer meios para aumento de competitividade de indústrias nacionais, a exemplo da Gerdau, maior produtora brasileira de aço. Para tanto, o centro contará com três pilares fundamentais em grandes áreas do conhecimento: óleos e graxas, concreto e polímeros.
O uso do grafeno em combinação com esses materiais visa a melhoria das funcionalidades de resistência mecânica e térmica, de capacidade de barreira a gases e líquidos. A biodegradabilidade e a introdução de novas funcionalidades, tais como antimicrobiana e antiviral, também estão na pauta. O desenvolvimento será realizado em duas grandes fases: a primeira entregará produtos de base para o mercado, a segunda irá gerar demonstradores na área de polímeros.
Para o diretor de Operações do IPT, Adriano Marim de Oliveira, as perspectivas são promissoras. “Esta parceria entre Gerdau Graphene e IPT poderá representar um importante passo na geração de novos produtos nanoestruturados, trazendo ganho de maturidade tecnológica para as aplicações do grafeno no Brasil.”
“Queremos ser referência em produtos de grafeno em escala no Brasil e no mundo, e nossa parceria com o IPT é estratégica na consolidação desse objetivo. Nesse sentido, nada melhor do que contar com um espaço para a troca de experiências e a aceleração de startups focadas na geração de soluções, tendo acesso e proximidade a brilhantes pesquisadores nacionais e ajudando na formação de técnicos, mestrandos e doutorandos que serão nossas próximas gerações de experts em nanomateriais”, afirma Alexandre de Toledo Corrêa, diretor-geral da Gerdau Graphene.
A Gerdau Graphene faz parte do portfólio de empresas da Gerdau Next, divisão de novos negócios da Gerdau que tem como missão diversificar o portfólio da multinacional brasileira com negócios adjacentes ao aço.
Recursos
O investimento inicial é da ordem de R$ 6,9 milhões, sendo R$ 4 milhões aportados pela Finep, R$ 2 milhões pela Gerdau Graphene e R$ 1,7 milhão a contrapartida econômica do IPT. O centro conta com cerca de 50 profissionais, entre pesquisadores, bolsistas e técnicos, de diferentes áreas do conhecimento. O prazo de vigência é de 36 meses e o plano de negócios prevê entregas de produtos a curto, médio e longo prazos.